24/05/2025

Visão de Mahatma Gandhi sobre a guerra Rússia x Ucrania.

 Se Mahatma Gandhi estivesse vivo hoje, sua perspectiva sobre a guerra entre a Rússia e a Ucrânia seria profundamente enraizada em sua filosofia de Ahimsa (não-violência) e Satyagraha (insistência na verdade). Ele não aceitaria a violência como um meio legítimo para resolver conflitos e certamente condenaria a invasão russa.

Aqui estão os prováveis pontos de vista de Gandhi:

  • Condenação Inequívoca da Agressão: Gandhi seria o primeiro a condenar a invasão russa como um ato de violência e agressão, violando a soberania e a dignidade do povo ucraniano. Para ele, qualquer forma de violência, especialmente em tal escala, é moralmente inaceitável e contraproducente para a paz duradoura. Ele diria que "olho por olho só deixará o mundo inteiro cego".

  • Chamado à Resistência Não-Violenta por Parte da Ucrânia: Embora admirasse a coragem, Gandhi não apoiaria a resistência armada da Ucrânia no sentido de uma contraofensiva militar tradicional. Em vez disso, ele apelaria para uma resistência em massa baseada na não-cooperação, desobediência civil e sofrimento autoimposto. Ele encorajaria os ucranianos a resistir à ocupação russa de todas as maneiras não-violentas possíveis, como greves, boicotes, recusa em cooperar com as autoridades ocupantes e demonstrações pacíficas. Ele acreditaria que a força moral do povo ucraniano, manifestada através da não-violência, poderia eventualmente derreter a vontade do agressor. No entanto, é importante notar que Gandhi também disse: "Minha não-violência não admite fugir do perigo e deixar os entes queridos desprotegidos. Entre a violência e a fuga covarde, só posso preferir a violência à covardia." Isso sugere uma complexidade, mas sua preferência seria sempre a não-violência ativa.

  • Apelo aos Soldados Russos e ao Povo Russo: Gandhi também faria um apelo direto aos soldados russos e ao povo russo. Ele os exortaria a se recusarem a participar da guerra, a depor as armas e a se oporem ao regime de Putin por meios não-violentos. Ele acreditaria que, se o povo russo se recusasse a lutar, a guerra não poderia continuar. Ele buscaria tocar a consciência do "agressor".

  • Crítica à Escalada Militar e ao Lucro da Guerra: Ele criticaria o complexo militar-industrial e os países que lucram com a guerra, apontando como a violência perpetua a violência e os interesses financeiros muitas vezes obscurecem a busca pela paz. Ele veria o aumento do armamento como uma espiral destrutiva que não leva a soluções reais.

  • Incentivo à Negociação e Diálogo Baseados na Verdade: Gandhi insistiria na necessidade de diálogo e negociação, mas não a qualquer custo. As negociações precisariam ser baseadas na verdade e na justiça, não em concessões que legitimem a agressão ou a injustiça. Ele defenderia que o objetivo das negociações deveria ser a paz duradoura e justa, e não apenas o fim temporário das hostilidades.

  • Ênfase na Transformação do Coração: Para Gandhi, o objetivo final da Satyagraha era a transformação do coração do agressor, não a sua derrota física. Ele acreditaria que a persistência na verdade e na não-violência poderia, com o tempo, levar o agressor a reconhecer a injustiça de suas ações.

  • Apelo à Consciência Global: Gandhi exortaria a comunidade internacional a ir além das sanções econômicas e do fornecimento de armas, e a se engajar em uma campanha moral global pela paz, baseada em princípios de justiça e não-violência.

Em suma, a mensagem de Gandhi seria de não-violência, resistência corajosa sem armas, apelo à consciência e busca da verdade e da justiça através de meios pacíficos. Ele argumentaria que a violência, por mais justificada que pareça, nunca é a resposta final e apenas semeia as sementes para futuros conflitos.

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